Lucia Py – Artista Plástica, participou do Projeto Outubro Aberto e do Coletive 05-08.
Pro de Projeto, C de Circuito, OA de Outubro Aberto, que foi um movimento de abertura de ateliers de artistas plásticos residentes em São Paulo para dar acesso ao processo de pesquisa, desenvolvimento e construção de produção artística como um todo. _ “ O atelier deve ser um espaço anfitrião” dizia Risoleta Cordula
(1937/2009), crítica de arte da AICA 1, com escritório em Paris/França,curadora do projeto Atelier/Espaço/Outubro Aberto, nos anos 2006, 2007, 2008 e 2009, já com sua ausência.
Este espaço-anfitrião deveria estar pronto, disposto a receber, montado com muita generosidade, apresentando as diversas etapas do processo de trabalho: a produção passada, as obras e material de publicação remanescentes de projetos expostos apresentados como casos críticos e transparentes; a produção presente em execução com materiais e técnicas em uso; a produção futura com o “mapa” de pesquisa, fontes, esboços, anotações, cadernos, projetos, protótipos. A reflexão_aberta e acessada a todos os interessados, como um movimento natural de seu tempo.
Era para ter começado dois anos antes (2004), coincidentemente usando o mote Barthesiano – “ Como Viver Junto”. Atrasos, não foi fácil o processo inicial.
De Paris, um telefonema:
- “Lucia, você viu o conceito adotado pela Bienal? Está tudo maravilhosamente, há algum tempo, no ar. Agora, mais do que nunca, o atelier aberto tem que sair...”
Assim foi feito, saiu no ano da 29ª Bienal de São Paulo (2006). Alguns integrantes, parceiros e artistas de Outubro Aberto (Thais Gomes, Paula Salusse, Luciana Mendonça, Sonia Talarico, Lucia Py, Cristiane Ohassi, Tácito Carvalho e Silva, Arminda Jardim) também integraram o Coletive 05-08, com data marcada de início (2005) e de término (2008), que teve a grande e competente participação do crítico de arte, jornalista e poeta, Paulo Klein. Materiais gráficos, projetos foram feitos.
Outubro Aberto e Coletive 05-08 são reconhecidamente pais genéticos deste atual momento, semearam em nós a certeza imperativa de continuidade.
_ “a continuidade é o fecundo contubérnio ou, se se quer, a coabitação do passado com o futuro, e é a única maneira eficaz de não ser reacionário” Ortega Y Gasset 2.
Agregado de novos integrantes, o Pro COA se vê agora como um campo das práticas na procura de conhecimentos, como um espaço de desvelamentos quanto essência da solidariedade.
Fazendo-se como uma questão, um registro, um mapa, um guia, aberto-acessado que possa ser acompanhado se assim o desejarem...
Viver mais junto
Viver mais coletivamente
1 AICA – Associação Internacional de Críticos de Arte
2 Roland Barthes, José Ortega Y Gasset “A Ideia do Teatro” – coleção Elos pg 14.
ProCOa2010 - OLIVIO GUEDES, LUCIA PY, CILDO OLIVEIRA, FERNANDO DURÃO, ANGELA MAINO, MONICA NUNES,PAULA SALUSSE, SONIA TALARICO, CARMEN GEBAILE, GERSONY SILVA, LUCIANA MENDONÇA, LUCY SALLES, PITTI MARRONE, THAIS GOMES, CRISTIANE OHASSI, TÁCITO CARVALHO E SILVA, ARMINDA JARDIM.